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Governança e inovação no esporte

Ao longo dos últimos 15 anos, a adoção dos princípios e práticas de boa governança se tornou um dos tópicos mais discutidos naquilo que diz respeito à gestão de organizações esportivas. Muito já se falou sobre os benefícios dessa adoção, ao colaborar com o processo de reorganização administrativa e financeira dos clubes, seja por melhorias de sua estrutura interna, quanto pela atração de investimentos motivada por essas mudanças. Sua aplicação pode abranger também aspectos legais, financeiros e estratégicos, incentivando uma gestão mais efetiva e a redução de riscos, por meio de mecanismos de monitoramento, prevenção e controle, inclusive de eventuais fraudes. Outros pontos compreendidos relacionam-se à regulamentação de mudanças societárias (como as novas propostas legais setoriais atualmente discutidas em nível nacional), do processo sucessório e da condução de políticas em curto e longo prazos.

Entretanto, há mais benefícios que podem decorrer dessas práticas, com igual importância e que merecem exploração. Isso porque elas tendem a gerar também melhorias nos processos de monitoramento e atuação em relação a mudanças ambientais, sejam nos ambientes de negócios, regulatório, competitivo ou de tecnologia. E aí aparece a sua capacidade de influenciar positivamente o processo de inovação das entidades esportivas em que são adotadas.

O sistema de processos criado tende a estimular uma cultura de empreendedorismo e inovação em diferentes áreas, como a implantação de novas práticas correspondentes ao “estado da arte” da gestão (ainda que provenientes de outros setores), e a geração e adoção de novas tecnologias, sejam elas produzidas internamente ou potencializadas em formas de parcerias com startups, por exemplo. Sem mencionar a competência em termos de adaptabilidade perante a um ambiente de mudanças constantes e cada vez mais intensas.

O desafio é implementar efetivamente essas práticas, culturas e as estruturas funcionais que as suportem. Sua presença nos planejamentos estratégico e funcionais das entidades é essencial para o alcance dos objetivos esperados. E a interdependência das ações, já que muitas vezes esses processos precisarão de atuação coordenada entre diferentes organizações, consiste em outro aspecto que demandará dedicação. Nesse sentido, a prática dos princípios de boa governança (transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa) tendem a exercer, novamente, sua colaboração para o bom desempenho dessas iniciativas. E inciativas como essa, do Arena Hub, constituem ferramentas de importância ímpar na viabilização desses objetivos. Daniel S. Pitta Marques, Vice-presidente do Cons. Delib. do Botafogo FC para o blog Arena Hub

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