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A volta do mercado de eventos e experiências esportivas

Agora que passamos pela devastação da pandemia, agora que renascemos como humanidade, é possível enxergar com mais clareza a importância do esporte para o mundo. Em especial, das experiências esportivas.


O setor de entretenimento já está voando. Você viu isso? O Coldplay tem 6 datas de shows esgotadas em São Paulo. 6 shows lotados!


No nosso setor, os estádios também estão com ótima presença - o Brasileirão tem a melhor média de público dos últimos 10 anos. Sim, os torcedores voltaram, exigem experiências melhores e, acima de tudo, valorizam essa conexão.


Aqui no Ticket Sports temos um outro recorte: dos eventos esportivos participativos (aqueles que você faz parte, tipo: natação, ciclismo, corrida, triathlon).


E, nessa perspectiva, é importante dizer, ainda não estamos vivendo essa festa.

Ainda.


Crescimento dos esportes e, em breve, dos eventos.

A pandemia fez a corrida crescer. Ciclismo idem. É claro, o mundo precisava de atividades individuais, do esporte em um tempo que não se podia aglomerar.


A Nielsen Sports informou que o número de corredores no mundo cresceu em 13% nos últimos anos, por conta dessa necessidade de distância entre as pessoas.

O mercado de bikes, nem se fala. Foi exponencialmente pro alto.


Mas, há um monte de fatores que deixam os eventos ainda aquém do potencial máximo, em destaque a renovação na base desses atletas amadores.

Teve gente saindo do funil. Tem gente chegando e começando agora a experimentar - muitos desses vão embora, outros chegam ao Ironman.


Mais um exemplo? A queda na participação de mulheres nas experiências esportivas. De 55% para 40% no antes-depois da pandemia. O fator performance ficou em alta, mas isso não significa volume.


A curva é menos veloz do que em outros mercados, com menor barreira de participação. Os jogos de futebol estão lotados porque, basicamente, é “só ir”.


Mas, a curva de crescimento é constante. Respeita lifestyle, respeita o tempo da sociedade, da formação de novas comunidades. É uma espécie de história de amor.


Hora de transformação no discurso e no mercado.

Neste mercado, que chamamos de “Endurance” (por falta de um nome em português), estamos vivendo um momento de reorganização de forças. Há uma renovação forte dos players, gente nova chegando, empresas mais antigas mudando modelo de negócio, estrutura mais leves, em redes.


Foi uma espécie de transformação digital forçada-acelerada-na marra-na porrada e que limpou o cenário.


O desafio das experiências esportivas agora é criar uma agenda relevante.

É tempo de virar uma pauta social, política.


Estes espaços de conversa são importantes, mostram o valor que temos não apenas para a comunidade que vive de esporte, mas para toda a sociedade.


Estamos falando em furar a bolha.


Ao redor do mundo, surgiram até alguns movimentos a respeito, como o Together We Move, falando dessa grandeza e importância na volta das relações humanas através do esporte.


Deu tudo certo. E agora?


Qual economia de recursos públicos com saúde esse setor proporciona? Quantas vidas são salvas? Não temos a conta. Bilhões.


São 13 milhões de brasileiros dentro do Strava, o segundo maior mercado mundial do App. São mais de 11 milhões de corredores no Brasil. Existem 40 milhões de bicicletas no país. Isso não é apenas uma comunidade - é um movimento mundial.


Então, estamos nesse momento. É a travessia do nicho para o mundo.

Já falamos sobre renascimento após a pandemia. É hora de estabelecer prioridades para a vida humana, de criar novos paradigmas - e os esportes participativos serão protagonistas.


Com menos velocidade talvez, mas, mais consistência. É uma maratona, não 100 metros rasos.


Daniel Krutman, CEO Ticket Sports para o blog Arena Hub.

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